Domingo – 24 Março

15h00 – Inauguração da Exposição de Fotografia de Domingos Monteiro – “Suave Crónica de um Espírito Eterno”m|i|mo – Museu da Imagem e Movimento

Fragmentos da passagem dos coloridos carrosséis de poesia que constituíram as edições de 2015 e 2017 da Ronda Poética na cidade de Leiria, numa impressiva sublimação monocromática do sentir e olhar do fotógrafo que neles viajou. No decurso desta inauguração, decorrerá a performance intitulada «Narrativa Musical – concerto de guitarra com histórias», a cargo do guitarrista Ricardo Alves Pereira.

16h00Projeção do Filme – Ruy Belo, Era uma vez da autoria de Fernando Centeio & Nuno Costa Santos (Garagem 82)

17h00 – Pastores de Palavras por Palavras de Sobra – Associação de Artes O GATO – Fernando Rodrigues | José Antunes | Sónia Francisco | David Teles Ferreira (Museu de Leiria)

Viagem teatral, poética e musical ao universo de Fernando Pessoa, a partir de “O Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caeiro. Em palco estão 6 atores e músicos (+ dois técnicos som e luz), que vão dando vida à poesia pessoana, com música que vai desde o jazz, ao rap, passando pelo rock, música de influência árabe e até música de raiz tradicional portuguesa.

17h00 – Poetry Slam Leiria – Atlas Hostel

Poetry Slam (concurso informal de poesia dita), com os convidados especiais. Dinamização & Apresentação a cargo de Carla Veríssimo (MC).

A cidade de tantos poetas e escritores quer descobrir textos e poesias de quem continua a escrever por cá. O bar de um Hostel será o palco para o encontro poético que pode ser de várias nacionalidades, ritmos, sons, idades. Esta é uma Acção gratuita, sem quaisquer custos para os intervenientes. Concurso informal da palavra dita, com muita expressão. Poesia de autor, sem adereços, nem música. 3 rondas, 3 poemas por autor.  Votação do público. 1 vencedor. Haverá também microfone aberto. Aconselha-se a inscrição para: poetryslamleiria@gmail.com. Aparições na hora são muito bem-vindas! Apresentado por Carla Veríssimo.

17h00 – Best of | Paulo Kellerman & Lisa Teles – Livraria Arquivo

A partir de seis estórias de Paulo Kellerman, Lisa Teles cria seis objectos diferentes, conciliando texto com ilustração e explorando diversos formatos e técnicas. Este projecto, que reúne os seis livros e respectivas gravuras, é uma edição limitada da Escaravelho.

Paulo Kellerman – Além de numerosas edições de autor, colaborações na imprensa portuguesa e participações em antologias literárias (em Portugal mas também no Brasil, em Espanha, em Itália e em Marrocos), publicou seis livros de contos, um romance, dois livros infanto-juvenis, uma peça de teatro e foi co-autor de um ensaio. Tem sido responsável pela concepção e dinamização de inúmeros projectos em colaboração com fotógrafos, ilustradores, músicos, actores, realizadores ou pintores. Os projectos mais recentes incluem a dinamização do blogue colectivo Fotografar Palavras e a escrita da peça Libelinhas, estreada em 2018. Entre outras distinções, recebeu o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores. 

Lisa Teles – É gravurista e o “bicho” por trás da Escaravelho, uma editora independente que nasce em 2014. Já lançou vários “bichos” mundo fora, tendo mais recentemente ilustrado e editado “A tristeza dá fome”, uma história de Paulo Kellerman. Com uma grande paixão pelo livro e pela auto-edição, Lisa Teles explora técnicas e suportes alternativos, tendo já colaborado com outras editoras independentes e na realização de várias exposições. O seu foco principal está na gravura mas também é colaboradora assídua nas produções do projecto FULO HD, faz parte da M gallery&studio e da equipa UIVO.  Ocasionalmente desenvolve algumas manifestações artísticas em espaço público.

18h30  Encerramento Oficial da RONDA POÉTICA LEIRIA 2019 – Entrega do Prémio Literário – (Livraria Arquivo)

19h00ESPECTÁCULO NO PRECIPÍCIO ERA O VERBO

Carlos Barretto | António de Castro Caeiro | André Gago | José Anjos

Começa com um coração aberto, envelhecido pela sede. Depois o som de uma língua lambendo a pele seca por trás do crânio. Só luxúria e mística. Subitamente, a leveza inteira do som na ponta dos dedos que empurram o vento de verão. Dentro da casa de noite, a Lua ergue um caracol como um morcego que paira sobre a cidade respirando os sons da sua melancolia e dos seus amores impossíveis. Até que o corpo cai na sua própria respiração como um poema ouvido em língua estrangeira. Tudo começou com a proposta de juntar quatro autores e os seus ofícios — Carlos Barretto (músico e compositor) António de Castro Caeiro (filósofo e tradutor), André Gago (actor e escritor) e José Anjos (músico e poeta) — com um objectivo: o precipício enquanto exercício de contemplação e linguagem — porque caímos juntos; caímos em pensamento e no pensamento uns dos outros, na celebração da vida e dos afectos. Porque o poema é só a face visível do problema. O primeiro trabalho dos NO PRECIPÍCIO ERA O VERBO consiste num livro e cd, ilustrado por André da Loba e editado pela Abysmo, onde se contemplam uns aos outros à volta do precipício que une os quatro autores, juntos pelo mesmo começo, na sincronia do poema que ainda não existe. Ao vivo apresenta-se em espectáculo, com cerca de 75 minutos de duração, composto pela leitura encenada de poemas, traduções e composições dos quatro autores, com interpretação musical de Carlos Barretto.